Castelo de Bragança, vista aérea
Pensa-se que esta magnífica obra de arquitectura gótica medieval, conservada em óptimo estado, tenha sido mandada construir por D. Sancho I, Rei de Portugal, em Março de 1188.
As informações, mais seguras, entretanto, referem que, pela importância de sua posição estratégica sobre a raia com a Galiza, em 1187 recebeu Carta de Foral de D. Sancho I (1185-1211). Este soberano dotou, à época, a povoação com a primeira cerca amuralhada (Março de 1188). Os conflitos entre este soberano e o rei D. Afonso IX de Leão levaram a que esta região fosse invadida pelas forças leonesas (1199) até à reacção do soberano português.
Sob o reinado de D. Dinis (1279-1325), determinou-se erguer um segundo perímetro amuralhado (1293), o que indica a prosperidade do povoado. O seu sucessor, D. Afonso IV (1325-1357), ao subir ao trono, confiscou os bens de seu irmão ilegítimo, D. Afonso Sanches, que então residia na vila deAlbuquerque. Defendendo os seus interesses, D. Afonso Sanches declarou guerra ao soberano e invadiu Portugal pela fronteira de Bragança, matando gentes, saqueando bens e destruindo propriedades. A paz seria acordada, com dificuldade, pela viúva de D. Dinis, a Rainha Santa Isabel.
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Torre da Princesa
A tradição local refere que há muito, quando a povoação ainda era a aldeia da Benquerença, existiu uma bela princesa órfã, que ali vivia com o seu tio, o senhor do castelo. Esta princesa apaixonou-se por um nobre, valoroso e jovem cavaleiro, porém carente de recursos. Por esse motivo, o jovem partiu da aldeia em longa jornada em busca de fortuna, prometendo retornar apenas quando se achasse digno de pedir-lhe a mão. Durante anos a fio, a jovem recusou todos os seus pretendentes, até que o seu tio, impaciente, prometeu-a a um amigo, forçando-a ao compromisso.
Ao ser apresentada ao candidato do tio, a jovem confessou-lhe que o seu coração pertencia a outro homem, cujo retorno aguardava há anos. A revelação enfureceu o tio, que decidiu aumentar a coerção por meio de um estratagema: nessa noite, disfarçou-se como um fantasma e, penetrando por uma das duas portas dos aposentos da princesa, simulando ser o fantasma do jovem ausente, afirmou-lhe com voz lúgubre, que ela estava condenada para sempre à danação, caso não aceitasse casar-se com o novo pretendente.
Prestes a obter um juramento por Cristo por parte da princesa, milagrosamente abriu-se a outra porta e, apesar de ser noite, um raio de sol penetrou nos aposentos, desmascarando o tio impostor. Daí em diante, a princesa passou a viver recolhida na torre que hoje leva o seu nome, e as duas portas passaram a ser conhecidas como Porta da Traição e Porta do Sol, respectivamente.
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Uma das janelas góticas |
Muralhas e Torre de Menagem
Pela sua beleza e pelo seu óptimo estado de conservação, é uma obra prima digna de ser visitada.